O corpo-cronômetro

As temporalidades do corpo na literatura brasileira

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Jasmin Wrobel (Hg.), Janek Scholz (Hg.), O corpo-cronômetro (2023), Frank & Timme, Berlin, ISBN: 9783732991228

Descripción / Abstract

Os estudos apresentados neste volume examinam o entrelaçamento da corporeidade e da temporalidade na literatura brasileira a partir de perspectivas interdisciplinares. Os textos explicitam, em algumas narrativas, o protagonismo da própria doença e a relação ambivalente que se constrói entre pessoas doentes ou envelhecidas e seus antigos ‘Eus’. Neste contexto, são problematizados distintos modos de exclusão de corpos que, não sendo mais jovens ou ‘saudáveis’, são mantidos fora da esfera pública. O silêncio e a solidão, mas também a urgência de viver para contar, consistem muitas vezes nas forças motrizes das narrativas e dos poemas estudados.

Descripción

Janek Scholz é pesquisador e docente no Instituto Luso-Brasileiro da Universität zu Köln e do Centro Mundo Lusófono em Colônia. Atua na área de Letras, com ênfase em literaturas brasileiras e africanas de língua portuguesa, narrativas gráficas, pós-colonialismo e estudos de gênero, assim como as relações ítalo-brasileiras na literatura.
Jasmin Wrobel é Marie Curie Postdoctoral Fellow na University of Manchester onde realiza uma pesquisa sobre agências anticoloniais e feministas em quadrinhos latino-americanos. Outras áreas de interesse são poesia experimental, discursos de memória e movimentos de resistência na América Latina.

Índice

  • BEGINN
  • Índice
  • As temporalidades do corpo – uma introdução
  • Luz verde para morrer: corpos, temporalidades e a dinâmica de acesso à morte assistida organizada
  • É outra a dor que dói em mim – escrita, corpo e morte na poesia de Ana Cristina Cesar
  • Há um tempo para ser dona de si mesma? Reflexões sobre a velhice feminina em Milamor, de Livia Garcia-Roza, e Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende
  • Deslocamentos tempo-corporais e a memória dos eventos coletivamente traumáticos no romance lusófono contemporâneo
  • Subjetividade, pós-colonialidade e estética negativa: as alegorias do corpo faltante em Angústia de Graciliano Ramos
  • As marcas da loucura: observações e reflexões de Lima Barreto sobre a doença mental nas obras Diário do hospício e Cemitério dos vivos
  • A morte, a velhice e a enfermidade vistos por Rubem Fonseca e Ignácio de Loyola Brandão
  • Velhice transviada de João W. Nery e a democratização da autoficção
  • A dissolução dos corpos/da comunidade: Os alegres e irresponsáveis abacaxis americanos de Herbert Daniel
  • A varíola na literatura brasileira: sanitarismo, barbárie e identidade nacional
  • Existência circular – herói nacional impotente
  • Biografias dxs autorxs

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